Paula Bastos/ Especial para o JC
Misture bateria, teclados, sintetizadores e uma batida que lembra algo futurístico. Assim é o som do a-ha. Depois de quase 30 anos de carreira e mais de 35 milhões de álbuns vendidos, o trio norueguês que fez história e mudou o cenário pop com seu ritmo eletrônico, se aposenta com turnê mundial e volta ao Brasil para se despedir dos fãs. O primeiro show brasileiro da “Farewell Tour” será em Bauru, na terça-feira, no Alameda Quality Center.
JC - O que os fãs devem esperar desta última turnê?
Paul - Estamos com uma produção muito especial e diferenciada. Há um ar de “tecnologia” na produção do show e é como se fizéssemos um passeio pelas décadas de 80 e 90, que foram marcantes em nossa carreira.
Paul - Estamos com uma produção muito especial e diferenciada. Há um ar de “tecnologia” na produção do show e é como se fizéssemos um passeio pelas décadas de 80 e 90, que foram marcantes em nossa carreira.
JC - O que esta última turnê representa para vocês? Como ela se diferencia das outras?
Paul - Nesta turnê faremos muitos shows. Acho que será a mais longa de nossa carreira, pois ficaremos o ano todo na estrada. Tentamos voltar para os países em que já estivemos para prestigiar o público. Ao mesmo tempo em que é estranho, por ser a última turnê, é extremamente gratificante para nós porque os fãs sempre nos dão aquela sensação de que significamos algo para eles e isso traz um sentimento único e muito bom.
Paul - Nesta turnê faremos muitos shows. Acho que será a mais longa de nossa carreira, pois ficaremos o ano todo na estrada. Tentamos voltar para os países em que já estivemos para prestigiar o público. Ao mesmo tempo em que é estranho, por ser a última turnê, é extremamente gratificante para nós porque os fãs sempre nos dão aquela sensação de que significamos algo para eles e isso traz um sentimento único e muito bom.
JC – Quais são as expectativas da banda com o público brasileiro?
Paul – As turnês que mais nos lembramos são as da América do Sul e os momentos em que estivemos no Brasil são muito especiais para nós. É até um pouco engraçado porque sempre fazíamos mais shows na Europa e na América do Norte, mas começaram a nos falar que fazíamos muito sucesso no Brasil e que deveríamos incluir o país nas turnês. Quando finalmente visitamos o Brasil, ficamos impressionados com o carinho, a atenção e a quantidade de fãs que tínhamos aqui. Para mim, a primeira vez em que tocamos no Brasil foi particularmente especial porque foi como se estivéssemos tocando ao vivo pela primeira vez. O público era diferente e nos deu outra sensação porque nunca havíamos nos apresentado em um estádio tão grande e aberto. Então isso mudou muita coisa na maneira como nos apresentávamos.
JC – O que vocês mais gostam do Brasil?
Paul – É difícil competir com o público brasileiro. Vocês são muito passionais, carinhosos e têm uma energia única. Lembro que ficamos impressionados com esta apresentação no Rock in Rio II que mencionei, pois houve gente que ficou na fila em pé, por mais de nove horas e ainda tinha energia para cantar e pular no show. Isso é surpreendente. O brasileiro se doa por completo e acho que não encontramos essas características em nenhum outro lugar do mundo. Digamos que cada país tem um “sabor” e o “sabor” brasileiro é muito marcante.
Paul – As turnês que mais nos lembramos são as da América do Sul e os momentos em que estivemos no Brasil são muito especiais para nós. É até um pouco engraçado porque sempre fazíamos mais shows na Europa e na América do Norte, mas começaram a nos falar que fazíamos muito sucesso no Brasil e que deveríamos incluir o país nas turnês. Quando finalmente visitamos o Brasil, ficamos impressionados com o carinho, a atenção e a quantidade de fãs que tínhamos aqui. Para mim, a primeira vez em que tocamos no Brasil foi particularmente especial porque foi como se estivéssemos tocando ao vivo pela primeira vez. O público era diferente e nos deu outra sensação porque nunca havíamos nos apresentado em um estádio tão grande e aberto. Então isso mudou muita coisa na maneira como nos apresentávamos.
JC – O que vocês mais gostam do Brasil?
Paul – É difícil competir com o público brasileiro. Vocês são muito passionais, carinhosos e têm uma energia única. Lembro que ficamos impressionados com esta apresentação no Rock in Rio II que mencionei, pois houve gente que ficou na fila em pé, por mais de nove horas e ainda tinha energia para cantar e pular no show. Isso é surpreendente. O brasileiro se doa por completo e acho que não encontramos essas características em nenhum outro lugar do mundo. Digamos que cada país tem um “sabor” e o “sabor” brasileiro é muito marcante.
JC – Em que o a-ha de hoje é diferente do a-ha do passado?
Paul – Hoje temos uma tranquilidade de saber que quando algo dá certo, simplesmente dá certo. Fazemos experimentações do que funciona e o que não funciona em uma música e hoje temos essa sensação que nos conduz em nossa música. É algo que adquirimos com o tempo.
JC – Quais as principais mudanças pelas quais vocês passaram nesses 25 anos de carreira?
Paul – Quando começamos a carreira e fomos pra Inglaterra, não tínhamos nada. Alugamos um estúdio que tinha apenas um instrumento e uma bateria eletrônica e isso era nosso som. Antes disso éramos uma banda independente cuja música durava dez minutos e não tinha refrão, mas a moda na Inglaterra era o pop e isso nos inspirou nos dois primeiros álbuns. Depois disso meio que voltamos ao passado e produzimos canções mais longas. Quando nos separamos, cada um acabou trabalhando em projetos solo e isso contribuiu muito para o novo a-ha. As letras das músicas geralmente são sobre situações que enfrentamos em nossas vidas, então é possível perceber coisas que estão acontecendo conosco naqueles momentos. Neste último álbum, Foot of the Mountain, houve uma influência do Morten para que produzíssemos algo meio tecnológico como fizemos no início da carreira.
Paul – Hoje temos uma tranquilidade de saber que quando algo dá certo, simplesmente dá certo. Fazemos experimentações do que funciona e o que não funciona em uma música e hoje temos essa sensação que nos conduz em nossa música. É algo que adquirimos com o tempo.
JC – Quais as principais mudanças pelas quais vocês passaram nesses 25 anos de carreira?
Paul – Quando começamos a carreira e fomos pra Inglaterra, não tínhamos nada. Alugamos um estúdio que tinha apenas um instrumento e uma bateria eletrônica e isso era nosso som. Antes disso éramos uma banda independente cuja música durava dez minutos e não tinha refrão, mas a moda na Inglaterra era o pop e isso nos inspirou nos dois primeiros álbuns. Depois disso meio que voltamos ao passado e produzimos canções mais longas. Quando nos separamos, cada um acabou trabalhando em projetos solo e isso contribuiu muito para o novo a-ha. As letras das músicas geralmente são sobre situações que enfrentamos em nossas vidas, então é possível perceber coisas que estão acontecendo conosco naqueles momentos. Neste último álbum, Foot of the Mountain, houve uma influência do Morten para que produzíssemos algo meio tecnológico como fizemos no início da carreira.
JC – Seu último álbum, Foot of the Mountain, foi bastante aclamado pela crítica. Há um retorno do synth pop, presente no início da carreira do a-ha. Por que retomar esse estilo agora?
Paul – Algumas pessoas acham que esse som tem a ver com nossa origem norueguesa por causa da gaita, mas o synth pop, que mistura os teclados com sintetizadores, combina demais com o tipo de voz do Morten, o vocalista. Nós temos a liberdade de compor qualquer tipo de música porque a voz dele é incrível. Ele alcança vários tipos de nota e nosso som é uma combinação disso tudo. Quando começamos não tínhamos muita estrutura tecnológica para produzir os ritmos, então meio que usamos a intuição e o resultado é o que vocês conhecem.
JC – Por que terminar a carreira agora?
Paul – 25 anos de carreira é muito tempo! Somos privilegiados porque muitas bandas não duram mais do que dez anos. Eu acho que agora cada um de nós quer buscar algo novo e desconhecido. Se continuássemos com o a-ha por mais 20 anos, não seria novidade para nós. Queremos sentir aquele frio na barriga de algo desconhecido novamente.
JC – Há uma chance da banda se reunir novamente no futuro?
Paul – “Para sempre” não existe. Nada é eterno. Não sabemos o que pode acontecer no futuro. Não vou dizer que nunca mais nos reuniremos como a-ha, mas no momento estamos nos despedindo sim.
JC – O que vocês pretendem fazer de agora em diante?
Paul – Quero muito continuar compondo e trabalhando com música, cooperando com novos artistas. Talvez eu forme uma nova banda. Tenho escrito músicas e depois verei o que fazer com elas. O Magne (tecladista) formou outra banda e eles até lançaram um álbum, mas acho que nenhum de nós decidiu exatamente o que fazer no futuro porque ainda temos muito trabalho a fazer nesta última turnê. Com certeza a música continuará em nossas vidas.
Paul – Algumas pessoas acham que esse som tem a ver com nossa origem norueguesa por causa da gaita, mas o synth pop, que mistura os teclados com sintetizadores, combina demais com o tipo de voz do Morten, o vocalista. Nós temos a liberdade de compor qualquer tipo de música porque a voz dele é incrível. Ele alcança vários tipos de nota e nosso som é uma combinação disso tudo. Quando começamos não tínhamos muita estrutura tecnológica para produzir os ritmos, então meio que usamos a intuição e o resultado é o que vocês conhecem.
JC – Por que terminar a carreira agora?
Paul – 25 anos de carreira é muito tempo! Somos privilegiados porque muitas bandas não duram mais do que dez anos. Eu acho que agora cada um de nós quer buscar algo novo e desconhecido. Se continuássemos com o a-ha por mais 20 anos, não seria novidade para nós. Queremos sentir aquele frio na barriga de algo desconhecido novamente.
JC – Há uma chance da banda se reunir novamente no futuro?
Paul – “Para sempre” não existe. Nada é eterno. Não sabemos o que pode acontecer no futuro. Não vou dizer que nunca mais nos reuniremos como a-ha, mas no momento estamos nos despedindo sim.
JC – O que vocês pretendem fazer de agora em diante?
Paul – Quero muito continuar compondo e trabalhando com música, cooperando com novos artistas. Talvez eu forme uma nova banda. Tenho escrito músicas e depois verei o que fazer com elas. O Magne (tecladista) formou outra banda e eles até lançaram um álbum, mas acho que nenhum de nós decidiu exatamente o que fazer no futuro porque ainda temos muito trabalho a fazer nesta última turnê. Com certeza a música continuará em nossas vidas.
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