06 maio 2010

Entrevista com o Paul Waaktaar para um portal de Toronto

O momento do a-ha dizer adeus


Se você é fã do a-ha pode começar a considerar as braçadeiras pretas acessórios fashion.



O trio norueguês – o flexível vocalista Morten Harket, o tecladista Magne Furuholmen e o guitarrista Paul Waaktaar-Savoy – estará na cidade segunda-feira para uma apresentação no Massey Hall, uma das sete datas norte-americanas da turnê “Ending on a High Note” tour, uma despedida mundial que será concluída com uma performance emocionante no dia 4 de dezembro no Oslo Spectrum.

Isso nos traz de volta à mente uma banda lembrada por esses lados em grande parte pelo single massivo de 1985 “Take on Me” e pelo indelével vídeo de animação, mas ao contrário da pecha de One Hit Wonder que a persegue por aqui, a banda manteve um estrondoso sucesso na Europa e em outras partes do mundo na maior parte dos seus 25 anos de carreira.

O a-ha ainda alavancou alguns hits por aqui – a adorável The Sun Always Shines on TV”, uma música muito superior em relação à “Take on Me”, sendo ainda a banda potencialmente comercial, em 1987, para ser aproveitada para o tema do filme de 007 The Living Daylights – antes de seguir para o outro lado do Atlântico. Seu catálogo inclui nove álbuns de estúdio e 39 singles. O sintetizadíssimo [sic] Foot of The Mountain parece ser o registro final do a-ha.



Os integrantes do a-ha são notoriamente avessos às entrevistas, mas o Star conseguiu uma troca de emails superficiais com Waaktaar-Savoy na semana passada.


P: Eu suponho que a pergunta que está na cabeça de todo mundo é por que agora? O que os motivou a encerrar a carreira junto à banda?

R: 25 anos é mais tempo do que a maioria das bandas consegue ficar junta. Ao longo dos anos você vê sinais de desgaste. Eu acho que isso vem com o tempo.

P: Foi uma decisão fácil terminar ou você sofreu muito tempo com isso? Houve alguma coisa específica que te fez dizer que este é um bom momento para sair?

R: Não foi uma decisão unânime. Alguns quiseram acabar, outros quiseram continuar. Nesse instante, contudo, penso que nós todos estamos excitados em tentar outras coisas.

P: É frustrante ter uma bagagem considerável de trabalhos que nunca chegou nessa parte do mundo? O que você acha que fez o a-ha ser tido como uma banda cult por aqui?

R: Nós viajamos tanto nos primeiros 10 anos, era doentio. Mas eu penso que se era para manter nossa popularidade aqui, teríamos de ter feito muito mais.

P: Sua banda é a responsável por um dos mais amados e duradouros vídeo de rock de todos os tempos. Você tinha alguma idéia enquanto o estava fazendo de quanto esse vídeo seria inovador?

R: Tudo parecia instável. Quando foi lançado, a MTV não quis veicular. Mas essa é outra história.

P: O que podemos esperar das futuras reedições dos seus dois primeiros álbuns, Hunting High and Low e Scoundrel Days?

R: Todo material foi remasterizado a partir das fitas originais. Adicionamos todos os demos, o que foi um excelente investimento no final das contas. Haverá também uma grande quantidade de canções inéditas da época, que nunca chegamos a gravar. Além de extended remixes e algumas performances ao vivo da nossa primeira turnê.

P: Na manhã do dia 5 de dezembro: qual a primeira coisa que fará ao acordar e perceber que o a-ha não existe mais?

R: NÃO checarei meu email para ver onde estarei na próxima semana.

P: Se não estou enganado, o a-ha parou entre 1994 e 1998. Isso quer dizer que poderemos voltar a ver a banda na estrada?

R: Nós estávamos juntos, nos separamos. Quem sabe? Nada dura para sempre.

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Agradecendo a Marcia Takeuchi pela tradução

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